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domingo, 31 de março de 2013

Esporte não é só saúde


Nesse aspecto, os animais estão mais bem protegidos. A Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada em 1978 pela Unesco, abomina toda forma de maus tratos de animais para divertimento dos homens. No Brasil, o governo Jânio Quadros proibiu as rinhas de galo e até hoje são caso de polícia. Os trabalhos sobre traumatismo crânio-encefálico tendo animais como modelos praticamente desapareceram. [...] Passa da hora da Declaração Universal dos Direitos Humanos fazer algo semelhante com essas estúpidas lutas, como o boxe e o UFC, versões de verdadeiras roletas russas. Não deveriam fazer parte do que consideramos esporte. Afinal, esporte é atividade relacionada à saúde e não à doença. Leia aqui.

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Os galos não vão para rinha por escolha própria, então é justo e necessário que os libertemos dela. Lutadores, pelo contrário, fazem do ringue o sentido da vida deles. Resumir esporte à obtenção de saúde não passa de uma correção política estúpida da prática esportiva, correção essa que data de 3 décadas no máximo. Só peladeiro de fim de semana e congêneres praticam esporte por saúde – e, mesmo aqui, o desejo de superar e superar-se, o acirramento controlado das rivalidades, a violência encenada e simbolicamente sublimada são componentes que não podem ser desconsiderados. Nenhum atleta de verdade nada, corre ou luta para obter mais saúde. É ridículo querer apagar a dimensão trágica da prática esportiva.

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