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sábado, 2 de fevereiro de 2013

4 poemas chineses


PELA MANHÃ, RESPOSTA AO HOMEM VULGAR

Me perguntas por que vivo nas montanhas verdes;
sorrio mas não respondo, meu coração está tranquilo.
Pessegueiros e águas que fluem ficaram para trás há tempos –
tenho outro mundo, não o mundo dos homens.

Li Po (701-762?)



A BORDA DO CÉU

Sol de primavera rente à borda do céu,
à borda do céu o sol se põe.
O rouxinol tagarela como se tivera lágrimas
para molhar a flor mais alta.

Li Shang-yin (813-858)



POEMA

Estou velho, enfermo e só –
e faço minha fogueira na Ladeira Leste.
Branca, falha e hirsuta
minha barba se funde ao vento.
Frequentemente meu filhinho se deleita surpreso
por encontrar rosas em minhas bochechas.
Como poderá saber ele – sorrio –
que se estão rubras é devido ao vinho?

Su T’ung-po (1036-1101)



POEMA

As brisas da primavera varrem os prados verdes,
a chuva cessou, mas das folhas dos bambus ainda cai água.
De repente um pássaro branco aparece em cena,
rompe o Universo verde da ladeira da montanha.

P`o Yü-ch'ien (?/?)

P.S. Versões feitas a partir de traduções do espanhol e do inglês.



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