PELA MANHÃ, RESPOSTA AO HOMEM VULGAR
Me perguntas
por que vivo nas montanhas verdes;
sorrio mas
não respondo, meu coração está tranquilo.
Pessegueiros
e águas que fluem ficaram para trás há tempos –
tenho outro
mundo, não o mundo dos homens.
Li Po (701-762?)
A BORDA DO CÉU
Sol de
primavera rente à borda do céu,
à borda
do céu o sol se põe.
O
rouxinol tagarela como se tivera lágrimas
para molhar
a flor mais alta.
Li Shang-yin (813-858)
POEMA
Estou velho,
enfermo e só –
e faço
minha fogueira na Ladeira Leste.
Branca,
falha e hirsuta
minha barba
se funde ao vento.
Frequentemente
meu filhinho se deleita surpreso
por encontrar
rosas em minhas bochechas.
Como
poderá saber ele – sorrio –
que se
estão rubras é devido ao vinho?
Su T’ung-po (1036-1101)
POEMA
As brisas
da primavera varrem os prados verdes,
a chuva
cessou, mas das folhas dos bambus ainda cai água.
De repente
um pássaro branco aparece em cena,
rompe o
Universo verde da ladeira da montanha.
P`o Yü-ch'ien (?/?)
P.S.
Versões feitas a partir de traduções do espanhol e do inglês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário